FANFIC – A LENDA DO FENIX DOURADO

Essa não é mais uma história sobre uma Guerra Santa. Esta é a história do cavaleiro que mudou as regras, alterou o destino e provocou a ira dos deuses. Uma história de laços de amizade que custam a se partir. Conta-se que esses Santos de Ouro foram os mais poderosos que já serviram à deusa Atena e que o Grande Mestre daquela geração tinha o poder mais temível.

CAPÍTULO III – A DISTORÇÃO

Ao oeste do Japão, encontram-se Van Quine de Gêmeos e Willian de Altar. Eles foram enviados até lá pelo Grande Mestre Átila para verificar a origem de um poder maligno desconhecido.

– É uma distorção. – Constatou Willian, que obervava atentamente aquela situação improvável.

No meio da floresta japonesa, havia uma distorção espacial. A visão era distorcida, assim era difícil entender bem o que estava acontecendo, e distinguir o que era real do que não era.

– Essa distorção espacial… O poder não parece vir dela. – Disse Van Quine de Gêmeos.

– Tem razão. E também não parece vir de fora. É como se simplesmente “fosse”. – Completou Willian.

– Simplesmente “fosse”? Do que é que você está falando? – Perguntou Van Quine.

– Posso estar enganado, mas esse poder não está sendo manipulado por um humano. – Disse Willian, que ainda acrescentou. – O poder que sentimos é como uma presença, mas não há ninguém. Achávamos que não havíamos sido os primeiros a chegar, porque pressentimos alguém aqui. Mas não há nada, exceto essa aura que emana essa distorção.

– Se eu entendi bem… – Murmurou Van Quine.

– Sim. – Interrompeu Willian. – É uma força divina.

distorção espacial
distorção espacial

– Mas que bela merda, heim? O Mestre nos mandou para cá, direto para morte. Esse velho está ficando cada vez mais louco! – Disse Van Quine, com um sorriso de satisfação no rosto.

– Do que você está falando? Ele não nos mandou tomar nenhuma atitude. Nossa missão aqui é apenas investigar. E com muito cuidado. Se não fosse perigoso, o Mestre não nos teria mandado em dois. – Refutou Willian, com uma feição séria.

– Até parece que eu vim aqui apenas para observar. – Falou Van Quine se aproximando da distorção.

– Espere, Quine! Olhe para mim, e me diga se pretende realmente desobedecer ao Mestre! – Bradou Willian.

– Ah, você não pretende me enganar, não é Willian? – Respondeu Quine. – Conheço a usa técnica. Não vou cair nela. – Disse o Cavaleiro de Ouro, sem recuar e seguiu avançando enquanto dizia algumas palavras. – No momento em que o Mestre nos mandou aqui, ele já deveria saber. É aqui o lugar onde o destino brinca com as nossas vidas. Você não sente esse cheiro? É o cheiro da verdade! O Mestre sabia. Hahahaha…- Gargalhava Van Quine.

– Do que você está falando? – Perguntou William.

Enquanto isso, no Santuário.

– Mestre! Terminei a tarefa que me pediu, e receio que… na verdade, temos problemas. – Disse uma voz feminina que se prostrava diante do Grande Mestre Átila.

– Levante-se Isabel. Diga-me o que você encontrou. – Respondeu o Grande Mestre.

– Segundo os registros na biblioteca do Santuário, aquela região do Japão não é uma região qualquer. Acredita-se que exista um meio de se conectar ao mundo dos mortos em algum lugar daquela floresta. Como se houvesse uma porta que liga o nosso mundo ao Meikai. – Explicava Isabel.

– Então, o que você está me dizendo, é que Hades finalmente pode ter despertado? – Perguntou o velho Mestre, já com grande preocupação.

– Não. É muito pior do que isso. No passado, ele foi inimigo de Hades e também de Zeus. Se aliou aos Titãs, na intenção de acabar com o Olimpo. Mas foi derrotado pelos deuses, e selado nas profundezas do Rio Aqueronte. Seu nome… – Dizia Isabel.

– ÉREBO! – Exclamou o Mestre. – De pressa, não temos muito tempo! Chame Amauri imediatamente! – Ordenou o Grande Mestre.

Perto dali, no Coliseu, estava Amauri de Libra, vestindo roupas comuns aos soldados do Santuário, treinando seus discípulos.

– Isamu! Você não vai treinar? Carol e Loren estão se dedicando bastante. Você pretende ficar aí sem fazer nada? – Disse Amauri.

– Ah, Senhor Amauri! É que… é que… estou com preguiça. – Disse Isamu, surpreendendo ao seu Mestre.

– E você fala isso na minha cara? – Disse o jovem mestre indignado. – Pois bem, você não treinou com as meninas, então terá de me enfrentar no seu treino de hoje. E eu não vou pegar leve, fique sabendo. – Disse Amauri, em tom sério.

Isamu se surpreendeu com aquilo. Com a mão direita, tirou os cabelos vermelhos que estavam atrapalhando sua visão, os jogando para o lado, a fim de que pudesse ver para crer. Seus olhos eram violetas, e se destacavam em sua pele clara. Entre os discípulos de Amauri, era com toda certeza a pessoa de menor estatura.

– Não é justo! – Bradou uma voz estridente. – Quem devia lutar com você sou eu, que estou treinando aqui desde a manhã!

– Mas Loren, se você treinando desde a manhã, não acha que está cansada demais para enfrentar o Mestre. – A pequena Carol tentava conter a empolgação de Loren.

Apontando para as duas, o mestre Amauri dizia algumas palavras. -Vocês, já treinaram o suficiente por hoje, Carol e Loren. Agora, Isamu e eu lutaremos, e quero que observem com atenção. Depois, vamos encerrar os treinos por hoje. Não vejo a hora de tomar um banho e relaxar.

– Isso! Porque não pulamos direto pra parte do banho? Vamos meninas? – Disse Isamu.

– Espere, Isamu. Não vai se livrar disso tão facilmente. Primeiro a luta, depois vamos todos ao banho. – Falou Amauri.

– Nossa, Mestre! Que pervertido! Vai tomar banho com a gente? Todo mundo junto? – Perguntava Isamu fingindo um cara de assustada.

Amauri levou sua mão ao rosto, que estava ficando vermelho. – Isamu! Não distorça minhas palavras!

– O Mestre quer tomar banho com a gente? É sério isso? – Disse Carol assustada, pois estava acreditando em Isamu.

– Mas que pervertido! Quer se aproveitar das próprias discípulas! – Acrescentava Loren, que estava apenas colocando mais lenha na fogueira.

– Parem já com isso! Não tem nada de banho coletivo nenhum! Eu não disse nada disso. Isamu! Olha o que você provocou! -Esbravejava o jovem mestre.

– Eu provoquei? Mas não era o senhor que queria ver a Loren e a Carol tomando banho? – Perguntava Isamu, para irritar ainda mais.

– Mas… – O sangramento nasal foi inevitável ao jovem mestre. – Vocês, sumam da minha frente. – Disse o mestre, se sentindo derrotado.

– Ah, então está bem, Senhor Amauri! Vamos para o banho meninas! Disse Isamu.

– Amauri, irmão! – Chamava a atenção outra pessoa que chagava ao Coliseu. Era Isabel.

– Isabel, é você? O que faz aqui. – Perguntou um desanimado Amauri.

– O Grande Mestre me mandou chamá-lo. Não temos tempo. Van Quine e Willian estão correndo sérios perigos. – Respondeu Isabel.

– Onde está o Mestre Agora? Se aprontando para deixar o Santuário. Nós vamos com ele. – Respondeu Isabel.

– Não. Eu vou. Você fica. Ainda não tem uma armadura, não vai ajudar. Se Van Quine e Willian estão com problemas, alguém como você não vai ajudar em nada. Fique aqui no Santuário. – Disse Amauri, antes de desaparecer usando sua grande velocidade.

– Não liga para o que ele diz, Isabel. Ele só não quer que você se coloque em perigo. – Dizia Isamu, tentando confortar a amazona.

– É, você sabe que ele é superprotetor. Ele é assim com a gente, imagino que com sua irmãzinha seja mil vezes mais. – Disse Carol, complementando.

– Mas por outro lado, para o próprio Mestre deixar o Santuário, junto com o único Cavaleiro de Ouro restante, a situação deve ser desesperadora. – Raciocinou Loren.

– Vocês nem imaginam. Nem imaginam. – Murmurou Isabel.

APRESENTANDO AMAURI DE LIBRA

Pele morena, alto, bom porte físico, cabelos negros e olhos castanhos. O Cavaleiro que agora protege a Sétima Casa Zodiacal, Libra, antes vestiu a sagrada armadura de Bronze de Fenix. Conta-se que para vestir tal armadura, o poder do cavaleiro deve ser do mesmo nível do poder de um cavaleiro de ouro. Segundo registros, para que um cavaleiro possa vestir essa armadura, era necessário ter um espírito indomável, livre. Alguém com talento e força de vontade, com determinação incrível. Mas para aspirantes a cavaleiros de bronze, era uma tarefa impensada. Assim, há poucos registros de que alguém possa ter vestido essa armadura. Não se pode garantir que isso tenha acontecido, embora existam registros sobre sua utilização, o que pode ser uma evidência de que alguém, pelo menos uma vez, já a tenha vestido.

A armadura de Fênix combinava bem com o jovem Cavaleiro de Ouro de Libra. Amauri, assim como seus companheiros de treinamento Willian e Van Quine, sempre teve um espírito indomável. Ele é do tipo que não deixa de dar seu melhor em uma luta, mesmo que seja apenas um duelo amistoso.  Apesar da certa rivalidade que existe entre Van Quine e Willian, Amauri se dá muito bem com os dois, e isso sem rivalizar. Ele parece não se importar muito com isso, o que deixa seus companheiros desmotivados a provocá-lo. Sempre muito tranquilo, costuma cativar os outros com seu jeito simples de resolver as coisas.

É extremamente cauteloso com aqueles que ficam sob seus cuidados. Isamu, Loren e Carol recebem treinamento dele. Ele recusou outros discípulos, alegando que não quer treinar todos os Cavaleiros de Ouro. Dessa afirmação, pode-se concluir que ele pretende fazer com que Isamu, Loren e Carol vistam armaduras douradas. Ele também é cuidadoso ao extremo com sua irmã mais nova, Isabel. Sabendo desse cuidado, Mestre Átila se encarregou de treinar Isabel para se tornar uma amazona, já que Amauri relutava em aceitá-la como discipula.

Quando os dois chegaram ao Santuário, Amauri trazia Isabel em seus braços. Eles vagavam pela Grécia há um tempo. E como sua irmã estava doente, ele foi pedir ajuda ao Mestre do Santuário. Ele acreditava que o Mestre poderia salvá-la.
Chegando ao Santuário, ele implorou pela vida de sua irmã. O Mestre Átila, no entanto, disse que nada poderia fazer. Pois não era ele quem tinha o poder para salvá-la. Amauri perguntou então sobre o que devia fazer para conseguir ajudar sua irmã. Percebendo a determinação do rapaz, ele disse que existia uma maneira de salvá-la, mas não havia garantias de que isso aconteceria. Mesmo assim, Amauri quis ouvir.

O Mestre explicou que ele poderia alcançar tal graça, desde que fizesse uma promessa a Atena, que no seu infinito amor, poderia salvar aquela garota. Sem relutar, Amauri prostrou-se diante do Mestre e prometeu fazer o que fosse preciso por sua irmã.

– Torne-se um cavaleiro de Atena. – Disse o Mestre Átila.

O jovem Amauri concordou imediatamente, embora nem mesmo soubesse do que se tratava. Ele e sua irmã se instalaram no Santuário. Willian, ajudava o Grande Mestre a cuidar da garota, enquanto Van Quine ajudava Amauri no seu treinamento.

Com o passar dos dias, a garota se recuperou e o crédito foi dado a Atena e a promessa feita pelo jovem Amauri. Em todo o tempo em que esteve no Santuário, ele nunca cogitou abandonar a vida de cavaleiro. Quando sua irmã, Isabel, decidiu por si só se tornar uma amazona, ele foi contra. Mas acabou cedendo, depois de aconselhado pelo mestre.

Hoje, é admirado por todos no Santuário, principalmente pelos mais jovens.

Já sentiu alguma vez seu cosmo interior?

Baseado na obra do mestre Kurumada

 

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