Neste sábado, 17 de agosto, o Brasil perdeu um de seus maiores ícones da televisão: Silvio Santos. O apresentador, que tinha 93 anos, faleceu em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele estava internado desde o início do mês, tendo retornado à unidade hospitalar poucos dias após receber alta.

Nascido Senor Abravanel, em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro, Silvio Santos foi o filho de imigrantes judeus sefarditas que chegaram ao Brasil em 1924. Desde jovem, envolveu-se em diversas atividades comerciais para ajudar a família, incluindo seu conhecido trabalho como camelô nas ruas cariocas. Seu talento para negócios e entretenimento se revelou cedo, levando-o a criar um bar na barca Rio-Niterói, onde vendia anúncios por meio de um alto-falante.

O nome artístico “Silvio Santos” surgiu quando ele começou sua carreira no rádio e na televisão, na década de 1950. Em 1962, fez sua estreia nas telinhas com o programa “Vamos Brincar de Forca”, na TV Paulista. No ano seguinte, estreou o “Programa Silvio Santos”, que permaneceu no ar por mais de 60 anos, consolidando-se como um dos programas mais longevos da televisão mundial.

Silvio Santos não foi apenas um apresentador carismático e talentoso, mas também um empresário visionário. Em 1981, após passar por várias emissoras, incluindo a Globo e a extinta Rede Tupi, ele fundou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), concretizando seu sonho de ter sua própria emissora. O SBT é parte do Grupo Silvio Santos, um conglomerado de mais de 34 empresas, incluindo a Liderança Capitalização, administradora da Tele Sena, e a marca de cosméticos Jequiti.

Seu legado na televisão brasileira é imenso. Durante décadas, Silvio Santos trouxe alegria para milhões de lares brasileiros com sua presença marcante, seu jeito simples e suas inovações no entretenimento. Seu programa, recheado de quadros populares, sorteios e interações com o público, se tornou um símbolo do que é o “domingo em família” no Brasil.

Para além das câmeras, Silvio Santos era um self-made man, um exemplo de perseverança e determinação. Como ele mesmo disse em entrevista à revista Veja em 1971: “Comecei minha carreira como locutor, como um soldado, e gostaria de terminar como um marechal. Só no dia que eu tiver uma emissora de TV me sentirei realizado.” Esse sonho ele realizou, tornando-se uma lenda viva da TV brasileira.

 

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Silvio Santos deixa a esposa, Íris Abravanel, com quem foi casado por mais de 40 anos, e seis filhas: Cíntia, Silvia, Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata, que continuarão seu legado à frente do SBT.

A história de Silvio Santos, de camelô a magnata da comunicação, inspira gerações e certamente será lembrada como uma das mais notáveis da história da televisão mundial. Seu falecimento marca o fim de uma era, mas seu legado permanecerá vivo nas memórias e corações de todos os brasileiros.

O Bits&Baits lamenta muita essa perda, estamos de luto.

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