A LENDA DO FENIX DOURADO

Essa não é mais uma história sobre uma Guerra Santa. Esta é a história do cavaleiro que mudou as regras, alterou o destino e provocou a ira dos deuses. Uma história de laços de amizade que custam a se partir. Conta-se que esses Santos de Ouro foram os mais poderosos que já serviram à deusa Atena e que o Grande Mestre daquela geração tinha o poder mais temível.

RETROSPECTIVA DO ÚLTIMO CAPÍTULO

William, Klaus, Matheus, Anastácia e Iga partiram para uma missão importante. Tulio de Escorpião finalmente conseguiu se apresentar ao Grande Mestre. E Nivaldo, que havia regressado como Cavaleiro de Ouro de Peixes ainda não tinha dado as caras diante do Grande Mestre.

CAPÍTULO 9 – REVELAÇÕES

No início do dia, pouco depois de Willian partir com seus companheiros, Carol de Libra foi até a Sala do Grande Mestre para ter uma conferência.

– Bom dia, Grande Mestre Amauri! – Disse a amazona dourada que se prostrava em sinal de reverência. – Trago as informações que me pediu.

– Bom dia, Carol. Embora já saibamos a resposta, é importante que me faça seu relatório. – Respondeu o Grande Mestre em um tom bastante sereno. – Isabel também está aqui. As informações que ela me passou foram fundamentais para esta situação.

– É como o Vossa Excelência havia dito. O retorno daquele que se diz o Cavaleiro de Ouro de Peixes é muito suspeito. Como sabemos, o Kishikaisei é uma técnica utilizada para restaurar os pontos estelares de um Cavaleiro. Esses pontos são baseados na constelação guardiã daquele que recebe a armadura. Deveria ser assim, mas enquanto estava tratando Nivaldo, o Kishikaisei não pôde ser utilizado. Confesso que não foi uma surpresa, pois Vossa Excelência me havia informado de que se tratava de uma pessoa suspeita. Utilizei uma técnica simples de cura, apenas para que ele pudesse se recuperar e não viesse a morrer. E, além disso… – Nesse momento, a Amazona de Libra fez uma pausa.

– Continue Carol, estou atento ao seu relatório. – Encorajou-a o Grande Mestre.

– Bem, além disso, não acho que ele esteja trajando a verdadeira Armadura de Peixes. É verdade que ele usa uma vestimenta muito interessante e se parece com uma armadura. Possui até mesmo um brilho dourado. Mas é fria demais para se tratar de uma armadura de ouro. Não sinto o mesmo calor que vem da Armadura de Libra ou das outras Armaduras. Aquela armadura não emana um cosmo que pareça ter sido banhado pelo próprio sol. Parece uma bobagem o que eu vou dizer, mas se eu pudesse arriscar, eu diria que aquela armadura é tão fria quanto uma surplice – a vestimenta de um Espectro. – Relatava Carol, com sua cabeça baixa, enquanto cerrava seu punho esquerdo, o apoiando ao chão. Ela parecia bastante incomodada com a situação.

Isabel permanecia calada até então.

– Entendo. Pelo o que parece, Nivaldo realmente mudou de lado. Como ele pôde fazer algo assim? – Dizia o Grande Mestre, desconcertado com a situação. Levava sua mão direita ao queixo, pensativo. Ainda tentando entender o porquê daquela situação. – Eu agradeço pelo seu relatório e o seu bom trabalho, Carol. Realmente, podemos contar com você. – Disse o antigo Cavaleiro de Libra, abrindo um sorriso caloroso para a Amazona, que se sentiu mais confortável, e aos poucos deixou que sua tensão momentânea fosse se dissipando. O Mestre ainda lhe perguntou algo. – Há mais alguma coisa que tenha percebido, Carol?

– Não. Nada além disso. – Respondeu prontamente. – Eu, Carol de Libra, encerro meu relatório.

– Muito bem. Peço que continue aqui. A intuição de Isabel estava correta. – Disse o Grande Mestre, que mudava bruscamente sua face. – Parece que aprendeu algumas coisas interessantes. Enganou a alguns, fazendo com que sua surplice parecesse uma Armadura de Ouro. Tentou se valer do fato de ter um rosto conhecido para passar pelas Doze Casas. Deveria ter deixado o Santuário esta noite. Willian lhe deu o recado. Fez questão de descer até a Casa de Câncer para lhe mostrar que o poder de um Espectro desse nível, nem se compara ao poder de um Cavaleiro de Ouro. Apesar de tudo, Willian tentou fazê-lo recuar. Parece que não teve sucesso. Por ser discípulo de Van Quine, eu esperava poder mostrar alguma consideração. Mas suas intenções são cada vez mais claras. Ademais, essa sua técnica para disfarçar sua presença é bem interessante. Mas jamais passaria despercebido por mim com este nível. Mostre-se Nivaldo, Cavaleiro… Não. Não devo chamá-lo assim. Nivaldo, o Espectro de Peixes, Apareça! – Bradou o poderoso Mestre ao lançar uma cosmo energia que parecia ir ao encontro de uma coluna na Sala do Patriarca. Para a surpresa de Isabel e Carol, a imagem de Nivaldo, saltando daquele lugar era fitada por seus olhos. Ele esteve ali por algum tempo, ouvindo a conversa.

– Se já perceberam tudo, isso irá me poupar o trabalho. Pra ser sincero, vim aqui apenas para acertar contas com aquele que abandonou meu Mestre, mesmo sendo seu companheiro de missão. Mas esse não era o meu único objetivo como Espectro do Exército de Hades. – Disse Nivaldo, enquanto se aproximava do Grande Mestre. – Não me importa se são Cavaleiros ou Espectros. Se lutam por Hades ou por Atena. Eu tenho meus próprios interesses nessa batalha. Sei que meu Mestre ainda não se deu por vencido. E em algum lugar ele planeja sua volta. Os céus sabem o quanto eu espero pelo dia em que ele irá tomar sua vingança. Érebo, o deus das Trevas, logo despertará por completo. O selo daquele velho patético irá perder seu efeito. No entanto, parece que Hades tem interesse em que este deus primordial não venha a estar entre os vivos ou mesmo entre os mortos. O Santuário e Atena consideram meu Mestre, Van Quine, um traidor. Mas Hades me prometeu recuperar a alma e o corpo de Van Quine. Ele trará meu Mestre de volta! Por esse motivo, eu vim até aqui verificar se Atena já despertou. Mas ao que parece, não. Nãoexiste um sinal de que ela tenha despertado. Vocês serão dizimados. São completamente inúteis nessa Guerra. Você, que se diz o representante de Atena, o Grande Mestre de lugar, irá fracassar, assim como fracassou dez anos atrás. Não se sente frustrado? – Indagava o Espectro, com um sorriso cínico.

– Já terminou? – Perguntou Amauri, que se mantinha calmo, e cabisbaixo.

– Sim. Acho que já terminei. Não é minha intenção enfrentá-lo agora. Mas quando chegar a hora será um prazer acabar com a vida de alguns cavaleiros. – Respondeu pretensiosamente Nivaldo, que logo mudou sua expressão ao perceber a entrada de outra pessoa a Sala do Grande Mestre.

– Que interessante! – Disse uma voz que adentrava a Sala. Podiam-se ouvir seus passos firmes e ao mesmo tempo leves. Aquela voz firme, e ao mesmo tempo ameaçadora surpreendeu ao invasor, que não a reconhecera. Conforme avançava, sua silhueta era revelada, e aos poucos uma Armadura de Ouro foi=se revelando. – O Grande Mestre costuma ser muito gentil. E eu aposto que Carol e Isabel ainda pensam em uma maneira de ajudá-lo a abandonar esse seu caminho de trevas. No entanto, eu não tenho o menor interesse em ajudá-lo. O fato de estar pisando nessa Sala ou de ter passado pelas Casas Zodiacais já são motivos o suficiente para eu não deixar que saia com vida deste lugar. – Disse uma voz masculina, que se aproximava cada vez mais, mantinha-se imponente e transmitia um cosmo assustadoramente poderoso, digno de um verdadeiro Cavaleiro de Ouro.

– Então você vai acabar comigo? Será que eu estou escutando bem? Poderia repetir, para que eu possa escutar e refletir novamente em palavras tão ordinárias? – Debochando, Nivaldo se voltava para o Cavaleiro de Ouro, que finalmente revelava sua face em luz. Quando Nivaldo fitou sua face, não o reconheceu. Estava seguro de que não havia cruzado ainda com este Cavaleiro.

Carol se levantou, de cabeça baixa, e se posicionou ao lado esquerdo do trono do Grande Mestre, enquanto Isabel se manteve a direita. Nenhum dos três pronunciou sequer uma palavra, pois o Cavaleiro de acabara de chegar e adentrar o recinto só dizia verdades.

– Infelizmente, não estou aqui para perder tempo repetindo coisas. Eu estou aqui para eliminar sua presença incômoda. Serei seu adversário no dia de sua morte. Devolverei sua alma ao Mundo dos Mortos, para que possa se reencontrar com Hades. A última coisa que irá ouvir será o Rugido do Leão! Acho justo que saiba o nome daquele que lhe mandará para o outro mundo. Eu, Henrique de Leão, sou quem lhe faz esta promessa. – Disse o Cavaleiro, que finalmente se apresentava diante de Nivaldo.

– Henrique de Leão? O mais famoso entre os Cavaleiros de Ouro? Mas que sorte a minha poder conhecê-lo pessoalmente. Parece que se eu não tomar cuidado, realmente posso morrer aqui hoje. Isso é um tanto quanto inesperado. Terei que lutar pra valer. Pelo que parece, seus amigos não pretendem lhe ajudar. Já se acovardaram ao lado do Grande Mestre. Não sente ódio deles por serem tão fracos? – Perguntava o malicioso Espectro de Hades.

– Idiota. Atena não permitiria que três Cavaleiros de Ouro lutassem ao mesmo tempo contra um mesmo adversário. Seria injusto. – Contestava o Leão. – Além disso, é mais do que certo que não há necessidade de que interfiram numa luta que já foi definida.

– Você é muito pretensioso e orgulhoso. Terei que lhe ensinar uma boa lição, Cavaleiro. – O Espectro se Posicionou para o combate, elevou seu cosmo, e a cor dourada de sua vestimenta, em instantes, ganhou um tom mais escuro. Um tom arroxeado, tenebroso e frio revelava a verdadeira natureza daquela vestimenta, uma surplice de Peixes. Ao passo que o Espectro parecia estar pronto para a batalha, o Cavaleiro de Leão apenas fechava seus olhos e sentia o poder do inimigo se elevar. Num movimento, Nivaldo pareceu evocar uma técnica com as mãos. Parecia se materializar uma espécie de chicote, mas era muito semelhante ao caule das rosas. Possuía espinhos por toda sua extensão. E emanava o cosmo de trevas daquele que o empunhava. Fitou os olhos novamente em Henrique, não percebendo nenhuma reação. Determinou seu alvo e lançou sua técnica. – Rose Whip! – O Chicote avançou em direção ao Dourado que parecia ver tudo em câmera lenta. Parecia não se sentir nem ao menos ameaçado. Quando parecia que o Rose Whip atingiria o Santo de Leão, ele abriu seus olhos e pareceu fazer um breve movimento. De repente, todo o local de iluminou! Feixes de luz atravessavam a Sala do Patriarca, como que a purificando. O chicote que há pouco parecia partir em ofensiva foi despedaçado e reduzido a nada em meio àquela grande luminosidade. Nivaldo ficou atônito e a mal conseguia ver o que estava acontecendo, a imagem de Henrique parecia apenas um borrão em meio à luz, com sua capa esvoaçante. Sem que percebesse, a luz já o tinha envolvido. Não havia uma maneira de recuar, e nem de avançar.

– Receba a Pata do Leão! RELÃMPAGO DE PLASMA! – Bradava o Leão Furioso.

Nivaldo pôde sentir o peso da Pata do Leão, quando os golpes na velocidade da luz começaram a atravessar sua surplice e destruí-la. Ele foi atingido por todas as direções. Parecia que sua armadura iria se despedaçar completamente após o ataque, e sua visão ficava cada vez mais turva, agora também por conta dos golpes que recebia. Era impossível para ele acompanhar os movimentos de Henrique. As luzes desapareceram gradativamente, e o Espectro mal podia se colocar de pé, mas o fazia com muita dificuldade. Henrique, por outro lado, parece sequer ter se esforçado. Era uma técnica realmente suprema.

– Ainda não acabou. – Dizia um ofegante Espectro, aparentando ainda não ter se dado por satisfeito. – Levarei seu corpo para oferecer a Hades! Morra! – Concentrava um cosmo utilizando suas duas mãos, as posicionava em frente ao seu corpo, criando uma esfera de energia de tom avermelhado. Era sua técnica secreta. – Mad Flourish! – Gritou o pisciano.

Desta vez, Henrique olhou atentamente para aquele montante de energia, que partia em sua direção. E viu quando Nivaldo o lançou em sua direção. Apenas estendeu sua mão direita e deixou com que a energia a acertasse. Aos poucos, toda aquela energia lançada se dispersou, para a descrença de Nivaldo, que ficou sem palavras.

– Patético! Pretende me acertar com essa cosmo energia ridícula? – Exclamou o Dourado de Leão, fechando a sua destra mão, esmagando os últimos resquícios da técnica lançada pelo Espectro invasor.

Nivaldo racionou: Realmente, não vou conseguir vencer no estado em que encontro. Aquele maldito Willian! Se não tivesse sido atingido por ele, poderia lutar de igual para igual com este homem. Se eu bem me lembro, Henrique é discípulo de Willian. Mas que droga! Humilhado por mestre e discípulo. Preciso recuar.

– Irei recuar dessa vez. Mas no nosso próximo encontro, eu juro que entregarei sua cabeça ao seu mestre! – Gritava Nivaldo, enquanto acima dele se formava uma distorção espacial, que parecia ser formada por uma interferência externa.

– Não permitirei que fuja! – Clamou Henrique, que partiria em direção a distorção, caso não fosse impedido pelo Grande Mestre.

– Pare Henrique. Não atravesse essa distorção. – Alertava o Patriarca, que foi obedecido pelo ex-Cavaleiro de Ouro. Ambos, além de Isabel e Carol, observaram o Espectro deixar aquele lugar a ascender para uma dimensão aberta por buraco que se formou acima deles. E instantes, o caminho espacial se fechou. Levando consigo o corpo do Espectro. Não havia nem sequer algum resquício do cosmo de Nivaldo no local. Ele havia realmente partido.

– Deixemos que ele se vá por hora. Além disso, seria imprudência demais segui-lo pelo caminho que estava aberto. – Disse o Grande Mestre.

– Se não estou enganada, esse caminho era uma entrada para o Mundo dos Mortos. Apenas alguém com habilidades para controlar o Sekishiki Meikai Ha poderia abrir uma travessIa dessa dimensão. E para tê-lo feito aqui, em pleno Santuário de Atena, é justo pensar que esse alguém é um adversário poderoso. – Raciocinava Isabel, que agora parecia assumir uma postura menos defensiva, já que não havia mais nenhum adversário.

– Peço perdão, Grande Mestre. Falhei em eliminá-lo. Deveria ter acabado com ele quando tive a chance. – Disse o leonino que se ajoelhava diante do Grande Mestre.

– Henrique. Confesso que não esperava vê-lo hoje. Fico muito feliz que esteja de volta. E, absolutamente, não há motivo para se desculpar. – Disse o Grande Mestre, com um olhar novamente sereno, demonstrando grande calma e tranquilidade em sua fala. – Parece que não poderemos evitar um confronto com Hades por muito mais tempo. Mais do que nunca, precisamos de todos os Cavaleiros reunidos no Santuário. E mais do que nunca, precisamos encontrar nossa deusa, Atena.

– Sim, Mestre. E devo dizer que estou muito próximo de cumprir minha missão. Restando apenas dois lugares para visitar: Terabrasilis e Asgard. Local onde se encontram as três últimas Espadas Sagradas. Sendo que duas delas estão em Terabrasilis. – Relatava Henrique de Leão.

– Quanto a isso, peço que pause sua missão por um tempo. Enviei seu Mestre, Willian de Aquário, e Klaus de Câncer para Terabrasilis, em uma missão importante. E no que se refere à Asgard, são nossos grandes aliados. Não precisamos de pressa para contatá-los. Penso em eu mesmo ir até lá um dia. Mas não é momento para decidir isso. No momento temos duas preocupações imediatas. A primeira é reforçar nossas defesas. E a segunda, é esperar para ver o resultado da missão de Willian e Klaus. – Informava o Grande Mestre, que por um instante deixou transparecer um olhar distante. Mesma reação que Carol observou em Isabel.

Terabrasilis era uma terra distante do Santuário de Atena. Um Reino governado pelo Rei Diógenes. Um lugar bem sucedido, que desfrutava de grande paz. Terabrasilis orgulhava-se de ser uma cidade independente do resto do mundo. Sendo um grande centro comercial e ponto de parada para qualquer viajante que passasse ali por perto. Seu poderio militar também era temido. Nunca antes na história do Reino houve uma derrota em guerras. A explicação devia-se em parte ao poderoso exército, conhecido como Encantados. Os encantados eram guerreiros formidáveis. Entre eles, haviam nove que se destacavam: os Altalanos. Eram os mais poderosos do Reino. Defendiam a justiça e mantinham a ordem em todo o reino. Os demais Encantados eram chamados de Harcos. Soldados que também ajudavam o Reino em atividades diversas.

Willian liderava uma comitiva que se dirigia a este local, tencionando falar com o Rei Diógenes. Formavam a comitiva: Klaus de Câncer, outro cavaleiro de Ouro como Willian; Matheus de Pégaso, Cavaleiro de Bronze, discípulo de Willian; Anastácia de Cisne, Amazona de Bronze, que foi companheira no treinamento que Willian recebeu na Sibéria; Iga de Dorado, outro Cavaleiro de Bronze, que tinha boas referências e era visto com bons olhos pelo Grande Mestre, por ter um grande potencial.

Esse time chegou à entrada do Reino de Terabrasilis. Havia um enorme arco de entrada. Todo desenhado em revelo com criaturas do folclore local. Era todo banhado em ouro, mostrando grande imponência. Logo foram recebidos por um Encantado que percebeu a aproximação dos Cavaleiros de Atena. Ele estava os esperando acostado numa das extremidades da Grande Arco.

– Cavaleiros! Peço que saiam desse local. Cavaleiros de Atena não são bem-vindos em Terabrasilis. – Disse o Encantado, que vestia uma espécie de armadura tão vermelha que pareciam chamas de fogo vivas. Seus olhos eram igualmente avermelhados, ou talvez fosse apenas reflexo de sua vestimenta. Seus cabelos dourados pareciam ter vida própria, e eram compridos e lisos, jogados para trás por uma tiara que deixara escapar apenas alguns fios mais curtos. Tinha uma boa altura e bom porte físico. Em sua mão esquerda, empunhava uma grande foice, que parecia pesada aos olhos de qualquer um que a fitasse. Mas o Encantado não parecia ter dificuldades para manipulá-la. O cabo da foice era extenso, chegando talvez ao mesmo tamanho do Encantado.

– Precisamos que nos deixe passar. Preciso falar diretamente com o Rei Diógenes. Será que poderia nos levar até ele? – Disse Willian, mantendo um bom tom.

– Está brincando comigo? Acabei de dizer que não passarão daqui. Se insistirem nesse caminho irão conhecer o terror de ter a como seu adversário o Altalano Axel de Ceifeiro, portador da Brasilidis de Ágata!

Já sentiu alguma vez seu cosmo interior?

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