Amanhecia em Okinawa, e Kakeru Li, um jovem de 22 anos, se levantava preguiçosamente de sua cama. Desde que herdara a propriedade de seu avô, seus dias eram preenchidos por pequenos reparos e uma rotina pacata. Contudo, o velho armazém na parte mais afastada do terreno continuava a instigar sua curiosidade. Seu avô nunca permitiu que ele entrasse ali, dizendo que era apenas “um lugar cheio de velharias e histórias perdidas”. Agora, com a liberdade para explorá-lo, Kakeru decidiu que hoje seria o dia.
Com uma lanterna em mãos e o coração acelerado, ele empurrou a porta do armazém. O cheiro de madeira velha e poeira o envolveu. Prateleiras cheias de objetos antigos e baús desgastados preenchiam o espaço, mas o que chamou sua atenção foi uma grande porta de metal no fundo do armazém. Não fazia sentido; não deveria haver uma estrutura tão moderna em um lugar tão velho como aquele.
Curioso, Kakeru aproximou-se. A porta estava ornamentada como que ele reconheceu seram runas que ele nunca havia visto antes. Ao tocá-las, uma luz azul brilhou, iliminado as runas, e o som de engrenagens ecoou. Antes que ele pudesse reagir, a porta se abriu sozinha, revelando uma paisagem além da compreensão. Aquilo obviamente não era o lado de for ado armazém.
Lá fora, um vasto campo verdejante se estendia, e ao longe, uma cidade cercada por muralhas erguias-se sob um céu tingido de pura magia. Um homem em armadura resplandecente aproximou-se, ajoelhando-se diante de Kakeru. Seus olhos estavam cheios de esperança.
— Você finalmente chegou, nosso salvador. Será que é você o Grande Herói da profecia?
Confuso, Kakeru deu um passo para trás, mas a curiosidade o venceu. Ele atravessou a porta, e esta se fechou automaticamente, desaparecendo por completo. Sem escolha, ele seguiu o homem até a cidade, sem fazer perguntas.
Ao entrar na cidade, Kakeru ficou impressionado com a arquitetura grandiosa e o movimento das pessoas. As ruas eram movimentadas por comerciantes, guerreiros e magos, todos vivendo em um mundo que parecia saído de um conto de fadas, como nas histórias que ele encontrava em jogos de fantasia. Ele foi conduzido ao castelo no centro da cidade, uma construção imponente feita de pedra branca e decorada com estandartes dourados.
No trono principal estava o Rei Jah’mmon Altheria, um homem alto, de presença imponente e olhar sereno. Sua barba grisalha contrastava com os olhos vivos e cheios de determinação. Ao seu lado, sua filha, a princesa Ari Altheria, observava Kakeru com curiosidade. Ari era jovem, com cerca de 20 anos, e tinha uma aura de elegância e coragem. Ela carregava consigo um arco ornado, indicando que ela não era apenas uma figura decorativa, mas também uma guerreira habilidosa.
O homem que havia trazido Kakeru ao castelo apresentou-se diante do Rei, como Galah’aad, o Chefe da Guarda Real e o mais jovem membro do conselho. Galah’aad tinha a mesma idade de Kakeru e exibia uma confiança inabalável. Seu cabelo curto e escuro, combinado com uma armadura impecavelmente polida, refletia sua dedicação ao dever. Apesar de sua postura formal, havia uma fagulha de curiosidade em seus olhos.
Kakeru foi conduzido a uma sala ampla, onde o conselho de anciões explicou a situação. O Reino de Altheria estava em guerra há décadas com os demi-humanos, liderados pelo Rei das Feras, um ser de imenso poder que acreditava que os humanos eram inferiores e deveriam ser extintos. Apenas o herói da profecia, vindo de um tempo distante, poderia trazer a paz definitiva.
— Você pode não se sentir preparado agora — disse o Rei Jah’mmon, com uma voz grave e acolhedora —, mas acreditamos que o destino o trouxe até nós por uma razão. Você tem o coração de um herói.
Cético, Kakeru tentou explicar que ele era apenas um jovem comum. Mas um dos anciãos havia se aproximado sem que Kakeru notasse, e lhe estendeu as mãos tentando lhe entregar uma espada. que parecia antiga. Ao tocar aquela espada oferecida a ele, a arma reagiu, envolvendo-o em uma aura dourada. Nesse momento, ele percebeu que sua vida nunca mais seria a mesma.
A princesa Ari observava atentamente, parecendo compartilhar da confusão de Kakeru, mas também reconhecendo a importância do momento. Galah’aad cruzou os braços, avaliando Kakeru com um leve sorriso de desafio, como se estivesse ansioso para testá-lo.
Kakeru percebeu que não estava apenas em outro tempo e lugar, mas no centro de uma guerra que decidiria o destino de um mundo inteiro. O peso do destino começava a se mostrar, e ele não sabia se seria capaz de suportá-lo.
PRÓXIMO CAPÍTULO
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